Dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (27) mostram que a inflação desacelerou em maio, com o IPCA-15 registrando uma alta de 0,36%, após avanço de 0,43% em abril. Apesar disso, o número ainda preocupa, já que o indicador acumula um avanço de 5,40% em 12 meses, acima do teto da meta de 4,5%.
Lucas Barbosa, economista da AZ Quest, ressalta que, mesmo com a melhora no número, a dinâmica da inflação ainda não melhorou. Ele destaca que a pressão continua alta devido ao baixo desemprego e crescimento dos rendimentos. A projeção da AZ Quest para a inflação em 2025 é de 5,5%.
Diante desse cenário, especialistas recomendam um portfólio diversificado, com foco em ativos indexados ao IPCA, que ofereçam ganhos reais aos investidores. ETFs de renda fixa, fundos de crédito privado, fundos imobiliários e títulos públicos são opções indicadas para capturar o movimento de reprecificação da inflação.
Os fundos de crédito incentivado, como os de debêntures incentivadas, com isenção de IR para pessoas físicas e títulos atrelados a índices de preços são citados como boas opções. Além disso, ETFs de renda fixa como o NTNS11 e o LFTB11, que apresentam rendimentos acima da inflação, são recomendados para diversificação, liquidez e baixo custo.
Com a renda fixa se mostrando uma opção atrativa para investidores que buscam solidez, a Investo destaca que o patamar elevado da taxa básica favorece alternativas atreladas ao CDI ou à inflação, oferecendo rentabilidade real e previsibilidade, contribuindo para uma estratégia de investimentos segura em meio à atual pressão inflacionária.