SNEL11 surpreende investidores na geração de energia solar
Com um perfil inovador na geração de energia, o fundo imobiliário SNEL11, da Suno Asset, tem atraído a atenção de investidores em busca de novas oportunidades. O fundo investe na gestão de usinas solares e desafia a análise tradicional baseada na relação P/VP, comumente utilizada para avaliar se um FII está caro ou barato.
Para a Suno Asset, a métrica P/VP não é suficiente para avaliar fundos com uma lógica de valor que vai além do investimento imobiliário tradicional. Vitor Duarte, CIO da gestora, explica que o valor patrimonial do SNEL11 reflete o custo histórico das usinas solares, não considerando o valor de mercado ou a capacidade de geração de caixa desses empreendimentos.
Os ativos do fundo são reavaliados anualmente e, segundo Guilherme Barbieri, head do SNEL11, as usinas já foram avaliadas por auditoria independente, confirmando que valem mais do que o custo histórico registrado na contabilidade. Com base nas distribuições recentes de R$0,10 por cota ao mês, o fundo apresenta um dividend yield real de 14,74% ao ano, impulsionado pelos contratos de longo prazo atrelados à inflação.
Apesar de estar cotado a um prêmio de 6,2%, o SNEL11 continua oferecendo uma taxa de retorno real projetada acima da média do setor, o que destaca o potencial de geração de caixa para os cotistas. A Suno Asset ressalta a importância de considerar métricas como a TIR e o dividend yield recorrente, em vez de se prender apenas ao P/VP na avaliação de fundos imobiliários.
A defesa da Suno Asset não apenas desafia o status quo, mas também destaca a necessidade de uma análise mais sofisticada em um cenário de juros reais elevados e reprecificação de ativos. Se o SNEL11 representa uma nova era para os fundos imobiliários, com foco em infraestrutura, energia limpa e retorno real, a superação do fetiche contábil do P/VP pode ser o primeiro passo para uma indústria mais madura e abrangente.